O uso do outside se tornou comum nos últimos 50 anos no mundo do jazz, mas já era usado por alguns autores na música erudita. Consiste no efeito de usar algumas ou o maior número de notas fora da escala vigente. Esse efeito atinge seu ápice quando é feito meio tom acima, abaixo ou uma quarta aumentada da escala do momento. Por exemplo, se a escala for de Dó maior (sem acidentes) e o outside for de meio tom acima ou abaixo, então 5 notas estarão fora, na quarta aumentada também. Porém se o uso se relacionar com a pentatônica ai todas as notas poderão estar fora. Veja a relação: C, D, E, G, A Db, Eb, F, Ab Bb B, C#, D#, F#, G# F#, G#, A#, C#, D#.
Já o quando e como usar depende de bom senso e criatividade para saber inserir nos estilos e situações possíveis. Penso que a melhor forma de usar esse efeito é depois que o musico aprende a tocar muito bem o inside, pois a percepção depende do ouvido e não é apenas algo mecânico ou teórico, mas depende muito da criatividade, percepção de situação e oportunidade. Existem diversas formas de se aplicar o outside, usando escalas, arpejos, intervalos ou mesmo fragmentos de notas.
É um tema profundo pois trata de liberdade emocional que será evidenciada por meio da organização de boas idéias.